Hegel and the French Revolution | Seminários CH-ULisboa | Teoria da História e Historiografia
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 8 de Abril de 2019, Sala Virgínia Rau, 18:00
Organização | Centro de História da Universidade de Lisboa; Grupo de Investigação Usos do Passado
Descarregar cartaz
A Revolução Francesa, com os seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade manteve-se, durante a vida de Hegel, como o principal evento político. Foi um “glorioso amanhecer” que nos conduziu à modernidade. Quando Hegel, então um famoso professor na Universidade de Berlim, se sentou para jantar com amigos num serão de Julho, ele encomendou – para surpresa de todos – um champanhe caro. Perguntado pelo motivo, Hegel explicou aos seus amigos “Não sabem que hoje é dia 14 de Julho?” E todos os anos nesse dia, Hegel erguia um copo de champanhe francês para celebrar o começo da Revolução.
A história da recepção de Hegel está, infelizmente, cheia de numerosos mitos, lendas e mal entendidos. Um exemplo elucidativo é a maliciosa e completamente errónea interpretação da filosofia política de Hegel como sendo precursora do totalitarismo, uma interpretação promulgada por Karl Popper, que afirma orgulhosamente nunca ter lido um palavra de Hegel no original!
Deriva do filósofo alemão Joachim Ritter a seguinte avaliação “clássica” do pensamento político de Hegel: “Não há outra filosofia que é, nas suas mais íntimas motivações, uma filosofia da revolução do que a de Hegel. Na ideia de liberdade assenta o direito de todos os seres humanos, aí reside, para Hegel, o significado histórico da revolução”.
Klaus Vieweg é professor de filosofia na Universidade de Jena, e os seus principais interesses de investigação são Hegel, Idealismo Alemão, Teoria e Historia do ceticismo, assim como a relação entre filosofia e literatura. Ele foi professor visitante e realizou estadias de investigação a nível internacional em várias universidades de países como Itália, USA, China, República Checa, México, Colômbia ou Japão. Entre as suas principais obras encontram-se Das Denken der Freiheit – Hegels Grundlinien der Philosophie des Rechts (a ser publicado em 2019 em português); Philosophie des Remis. Der junge Hegel und das Gespenst des Skepticismus; Phänomenologie des Geistes (org. de K. Vieweg e W. Welsch), Skepsis und Freiheit; e a nova biografia de Hegel: Hegel – Der Philosoph der Freiheit.