Webtalk | IV Sessão do ciclo «Non Nova Sed Nove? Repetir, Inovar e Regredir na Idade Média» | Produção Documental e Palavra Escrita

7 de Junho | 18h00-19h30

LIGAÇÃO ZOOM
https://videoconf-colibri.zoom.us/j/81697546249
ID DA REUNIÃO 816 9754 6249

COMISSÃO CIENTÍFICA | Hermenegildo Fernandes (CH-ULisboa/FL-UL), Hermínia Vilar (CIDEHUS-UÉ)

COMISSÃO ORGANIZADORA | José Simões (CIDEHUS-UÉ/PIUDHist), Rui Rocha (CH-ULisboa/PIUDHist)

INSTITUIÇÕES ORGANIZADORAS | Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa), Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS)

CONTACTOS | medievalidadesxxi@gmail.com

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No próximo dia 7 de Junho de 2021 das 18h às 19h30, terá lugar online a quarta sessão de um ciclo de Webtalks intitulado «Non nova sed Nove? Repetir, inovar e regredir na Idade Média», dedicada ao tema “Produção Documental e Palavra Escrita”, organizado pelo Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa) e pelo Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades (CIDEHUS).

La pure répétition, ne changeât-elle ni une chose ni un signe, porte puissance illimitée de perversion et de subversion.
Jacques Derrida

À continuidade pela repetição atribuiriam os latinos da época clássica a designação de traditio, tradere, com o sentido de «entregar», «passar adiante» aquilo que deveria continuar, sinónimo de renovare, isto é, «repetir», «refazer», «repor»; o nouo e a nouitas designavam a novidade e de certo modo a inovação, numa pluralidade de sinónimos. Esses termos chegariam depois ao galaico-português, ao português e ao castelhano, evoluindo ao longo dos tempos, mas mantendo a sua unidade de sentido. Aquilo que entendemos no século XXI por repetição e inovação é, no entanto, simultaneamente próximo dessas utilizações e também já algo distinto. Utilizar estes conceitos, partindo do sentido que hoje lhe atribuímos, para pensar a Idade Média será, por isso, entrar no domínio do anacronismo? Ou será antes uma forma válida de interrogar uma época com ferramentas que não lhe são totalmente estranhas? Podemos, no entanto, falar de uma repetição pura e de uma tradição que ignore todo e qualquer elemento novo? Ou, no sentido inverso, de uma inovação pura, uma novidade, que possa ter ignorado tudo o que a antecedeu? Poderão caminhar ou ter caminhado lado a lado na história do Homem? De que formas interagiram e permitiram a mudança? São estas questões, entre outras, que alimentarão as webtalks «Non nova sed nove?» Repetir, inovar e regredir na Idade Média, série de diálogos entre especialistas do período medieval.