Lançamento
Textos em Diáspora, José Augusto Ramos
15 de Maio de 2024 (17:30)
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Anfiteatro I)
Apresentação: Arnaldo do Espírito Santo e Francisco Caramelo
Organização: Centro de História da Universidade de Lisboa
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O Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa) tem o prazer de convidar para o lançamento e a apresentação de dois volumes de estudos reunidos do Professor Catedrático Emérito José Augusto Ramos: Textos em Diáspora: O Tempo e o Homem e Textos em Diáspora II: Os Deuses e a Hermenêutica. A sessão terá lugar a 15 de Maio de 2024, no Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pelas 17h30. A apresentação estará a cargo dos Professores Doutores Arnaldo do Espírito Santo e Francisco Caramelo, sendo a sessão presidida pelo Professor Doutor Hermenegildo Fernandes, Director da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Considerado pelos seus pares como um dos mais importantes biblistas e tradutores portugueses do século XX, assim como um dos grandes historiadores portugueses da Antiguidade e da História do Judaísmo, José Augusto Ramos é autor de uma extensa obra publicada, tendo desenvolvido intensa atividade de investigação e de docência da História e das línguas antigas ao longo de mais de 50 anos, quer na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, quer em outras universidades portuguesas e estrangeiras. Além de professor e investigador, José Augusto Ramos teve um papel determinante em múltiplos projectos de tradução da Bíblia para português, nomeadamente da Bíblia dos Franciscanos Capuchinhos, na qual também desempenhou tarefas de coordenação dos trabalhos, no projecto de tradução interconfessional para língua portuguesa e no atual projecto de tradução da Conferência Episcopal Portuguesa.
Os textos aqui recolhidos foram sendo escritos e publicados de forma dispersa ao longo de mais de trinta anos, ao sabor de circunstâncias e em condições sociais, institucionais e pessoais que condizem bem com os matizes e o horizonte epistemológico característicos de uma diáspora. Estão neste horizonte as interrogações que constituem o motor de busca bem explícito em alguns deles e se encontram implicitamente presentes e eficientes por dentro de quase todos. Efetivamente a diáspora é um espaço de permanentes interrogações e desafios inesperados. Pelo facto de significar saída e dispersão, a diáspora acaba por intensificar um estado de concentração no fluxo interior de conteúdos provenientes das raízes que geram identidade. É um movimento de saída que vai despoletando momentos de reencontro e valorização relativamente ao património de identidade que qualquer migrante carrega consigo como bagagem interior.