Guerra no Feminino #2
Helena Ferro de Gouveia sobre «Mulheres na Guerra»

23 de Outubro de 2023 | 18h00-19h00

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | Sala B112.D

Coordenação | Augusto Salgado e Miguel Pack Martins

Grupo de investigação | História Militar

Acesso por videoconferência | Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/96842036922

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Resumo: Já se escreveram numerosos livros sobre a guerra, sobre táticas e operações militares, sobre o combate e os combatentes - obras escritas por homens e acerca de homens. As mulheres que vão para a guerra e que escolhem fazê-lo, como hoje acontece em países como a Ucrânia, onde dezenas de milhares pegam em armas para fazerem frente ao invasor, eram até há muito pouco tempo vistas como uma anomalia histórica. A verdade, porém, é que as mulheres combateram em mais épocas e mais civilizações do que é geralmente reconhecido. A primeira de que há registo data de 1200 AC, era uma marechal chinesa e chamava-se Fu Hao. Na Segunda Guerra Mundial, muitas fizeram parte da Resistência contra os nazis e morreram nos campos de batalha da Polónia, Jugoslávia, Grécia ou Dinamarca, sendo que só o Exército Vermelho terá contado com perto de um milhão nas suas fileiras. Mas, seja qual for a época e o conflito, quando os combates terminaram o contributo feminino foi frequentemente desvalorizado ou mesmo apagado da memória. Há muitas histórias de mulheres na guerra para contar. O livro “Mulheres na Guerra” honra essas lutadoras tantas vezes esquecidas.

 

Helena Ferro de Gouveia trabalhou em mais de cinquenta países em quatro continentes. Viveu duas décadas na Alemanha, onde foi gestora de projetos internacionais de cooperação e desenvolvimento, assim como consultora. Nessa qualidade ajudou a desenvolver a Rede Notícias da Amazónia, no Brasil, a Cepra, rede de rádios dos povos indígenas da Bolívia e diversas rádios locais em Chittagong e Dakha, no Bangladesh. Foi docente de jornalismo na Argentina, Bolívia, Brasil, Moçambique, Timor, Guiné-Bissau, Gana, Uganda, Sudão do Sul, entre outros países. Foi também docente no campo de refugiados de Kakuma, no Quénia. É licenciada em Comunicação Social, pós-graduada em Direito da Comunicação e mestre em Liderança. Foi jornalista do Público durante mais de uma década, tendo sido correspondente na Alemanha, e da Deutsche Welle. Como pivô e repórter, tem uma vasta experiência em cenários de crise e guerra.