Guerra no Feminino #3
Maria Teresa Morais sobre «As besteiras medievais»

6 de Novembro de 2023 | 18h00-19h30

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | Salas B112.C

Coordenação | Augusto Salgado e Miguel Pack Martins

Grupo de investigação | História Militar

Videoconferência | https://videoconf-colibri.zoom.us/j/91724117258?pwd=WWNqdjkwR1krbUU4dkZadmZsOW1Hdz09 | ID da reunião: 917 2411 7258 | Senha: Medieval

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Seminário 3 | 6 de Novembro de 2023 Sala B112.C | 18h00-19h30

Maria Teresa Morais (CH-ULisboa) sobre «As Besteiras Medievais»

 


 

Resumo: Durante a Idade Média, a besta foi amplamente utilizada na Europa Central e do Norte. Para além da conhecida importância das guildas de besteiros das cidades flamengas durante os períodos de insurreição ou colaboração com as forças principescas, foi também uma arma que, numa fase inicial das Cruzadas no Báltico, proporcionou aos cruzados uma superioridade tecnológica em relação aos povos nativos. Apesar de não ser uma arma com uma cadência de tiro tão rápida como o arco, a introdução de mecanismos que facilitavam armar a besta e o facto de ser uma arma que não requeria a mesma dedicação que o arco tornaram-na numa arma acessível, tanto que, na Flandres do século XIV, as guildas de besteiros flamengas contavam com a presença de mulheres. Dado que uma das funções das guildas era a de defesa, pressupõe-se que haveria besteiras envolvidas na defesa das cidades, mesmo quando as regras das guildas excluíam as mulheres de participarem no serviço militar. Mas atendendo à presença feminina nas guildas de besteiros, e considerando os relatos das crónicas das Cruzadas no Báltico sobre mulheres a participarem na defesa dos povoamentos, bem como a difusão da besta na geografia em questão, o presente trabalho tem por objectivo levantar hipóteses que possam levar a um estudo mais completo entre a mulher e a utilização da besta em contexto de defesa durante ataques e cercos a cidades.

 

Nota biográfica: Maria Teresa Morais licenciou-se em Arqueologia pela FLUL, tendo realizado uma pós-graduação em Estudos Medievais e o Mestrado em História Militar na mesma instituição. A sua dissertação de Mestrado teve como tema a cavalaria da Ordem Teutónica nas Cruzadas do Báltico nos séculos XIII a XV, continuando a região do Norte da Europa/Báltico e a Ordem Teutónica a serem as suas áreas de investigação. Pertence ao GIHM do CH-ULisboa. Tem dezassete anos de experiência de equitação e quatro anos de experiência em arte marcial russa.