Mesa-redonda
As Obras do Claustro da Sé: Património e Projeto
10 de Janeiro, 2022
16 horas | Online
Organização: Hermenegildo Fernandes, Manuel Fialho, Jacinta Bugalhão
Grupo de investigação | Culturas e Sociedades de Encontro
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Apesar das promessas de proteção, os vestígios arqueológicos islâmicos do claustro da Sé de Lisboa continuam em perigo. O projeto de arquitetura recentemente proposto pela DGPC (Direção-Geral do Património Cultural), apesar das últimas declarações ambíguas por parte desta instituição, continua a acarretar pesadas consequências para a preservação de um património único. Vários arqueólogos e historiadores participam numa mesa-redonda dia 10 de Janeiro, pelas 16h00, online, sobre o impacto e a destruição destes vestígios.
Os vestígios encontrados, datados do período islâmico, extraordinários pela sua dimensão e presença no coração da cidade, revestem-se de indiscutível importância arqueológica, histórica e patrimonial para a cidade de Lisboa. A destruição parcial, com a mera preservação pelo registo, não se afigura como uma solução coerente com um espaço que pretende musealizar os vestígios do passado de Lisboa aí encontrados. A funcionalidade das estruturas encontradas está ainda em aberto, não sendo razoável transformar o debate científico numa questão mediática, impondo um projeto de arquitetura que mantém um impacto significativo em algumas das partes mais monumentais dos vestígios recentemente encontrados. O objetivo central será assim pôr o grande público em contacto com as opiniões informadas de arqueólogos e historiadores que têm trabalhado nesta área.
A mesa redonda «As Obras do Claustro da Sé: Património e Projeto» conta com a participação do professor Hermenegildo Fernandes, historiador, diretor da área de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, especializado em história medieval; Santiago Macias, atual diretor do Panteão Nacional, arqueólogo com longa carreira na gestão de património arqueológico e especialista em temas islâmicos; Jacinta Bugalhão, arqueóloga e investigadora do UNIARQ, especialista em arqueologia urbana; Manuel Fialho, historiador do Gabinete de Estudos Olisiponenses, especialista no urbanismo medieval de Lisboa; o professor convidado da NOVA/FCSH, Paulo Almeida Fernandes, especialista em história da arte na Alta Idade Média e estudioso da Sé de Lisboa; a professora da NOVA/FCSH Catarina Tente, arqueóloga especializada na Alta Idade Média e nos espaços de fronteira; António Marques, arqueólogo, coordenador do Centro de Arqueologia de Lisboa da Câmara Municipal e especialista na arqueologia urbana desta cidade; Ana Gomes e Alexandra Gaspar, arqueólogas da DGPC, responsáveis pelas escavações na Sé, coordenadoras de escavações em vários sítios arqueológicos de grande relevância. Conta-se ainda com a participação da professora Maria João Branco, da NOVA/FCSH, até há pouco diretora do IEM e especialista na história da Lisboa cristã após a conquista. O moderador é o professor Carlos Fabião, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, arqueólogo com longo trabalho em Lisboa e diretor da UNIARQ.
A mesa-redonda é organizada pelo Centro de História (CH-ULisboa) e o Centro de Arqueologia (UNIARQ) da Universidade de Lisboa e pelo Gabinete de Estudos Olisiponenses (GEO) da Câmara Municipal de Lisboa. O evento será emitido em direto no Facebook do GEO e está aberto a todos os interessados, sem necessidade de inscrição.
INTERVENÇÕES DE
Alexandra Gaspar
DGPC
Ana Gomes
DGPC
António Marques
CAL
Catarina Tente
IEM - NOVA FCSH
Hermenegildo Fernandes
CH-ULisboa
Jacinta Bugalhão
UNIARQ-ULisboa
Manuel Fialho
GEO / CH-ULisboa
Maria João Branco
IEM - NOVA FCSH
Paulo Fernandes
NOVA-FCSH
Santiago Macias
NOVA FCSH